No alto vale, a água despenca,
como véu de noiva, em brilho intenso,
gotas que dançam na brisa que vem,
e a natureza canta, dia e noite.
A rocha dorme, firme e serena,
enquanto a corrente vem com fervor,
cascata de sonhos, vida pujante,
brilho do sol, sombra e calor.
Ouço o murmurio, sussurros de paz,
a pressa das águas nas curvas de um rio,
convite ao silêncio, remanso audaz.
Sinto na alma a refrescante porção,
no tombo da água, tão clara que vai
sumindo entre pedras na infinita canção.
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Título do texto: Queda de água
Autor: Geraldo Calheiros
Texto pertence ao blog Espelhos de Minas
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