Nas cabeceiras dos montes
brotam as águas que movem,
galhos de árvores,
velhas embarcações,
e seres aquáticos.
São águas que rolam
e nas curvas envolvem
histórias de vidas,
o passado e o futuro,
de muitas famílias.
Neste longo caminho
elas seguem incansáveis,
devastando a seca,
matando a sede
do árido sertão.
Não dormem em seu leito
pois, são as incansáveis
irmãs dos ribeiros
primas dos rios
e filhas dos mares.
Mas, que filhas pródigas,
que insistem em fugir!
Sair pelos ares,
cair nas entranhas,
desse seio mineiro.
E de volta ao seu curso
reiniciam a jornada,
de rondar as montanhas,
encher as represas
pra rodar as turbinas.
É preciso que chova
para sustentar este ciclo,
que gera a vida,
pelas águas que voltam
às cabeceiras de Minas.
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Título do texto: Águas que movem
Autor: Paulo Sérgio
Texto pertencente ao blog espelhos de Minas.
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