Um piado de juriti,
um latido de cachorro,
o grito de inhá mãe
lá na casa do alto do morro.
Um dedo de prosa o bate papo,
uma broa saindo do forno
um café quentinho no bule
lá na casa do alto do morro.
Um cheiro de curral lotado
de bois vacas e touros,
de ordenhas e trabalhos braçais
lá na casa do alto do morro.
De rios cachoeiras e cascatas,
de bicas, fontes e bebedouros
a água cristalina que desce da serra
lá na casa do alto do morro.
De crenças que trazem esperança
desejo somente de bons agouros,
a fé que move montanhas
lá na casa do alto do morro.
De saudade afogada na janela
como fosse um pedido de socorro,
da distância que aquece o amor
lá na casa do alto do morro.
O lugar onde onde o sol enrubesce
as montanhas e os vales em torno,
a hospitalidade na temperatura certa
lá na casa do alto do morro.
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Título do texto: A casa lá no ato do morro
Autor: Paulo Sérgio
Texto pertence ao blog Espelhos de Minas
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