Na velha estação, que o tempo surrou,
onde um dia o gemido do trem ressoou,
com o peso da carga em seu corpo de aço
só lembranças flutuam, como folhas ao vento.
Nos seus trilhos, agora cobertos de mato,
só os segredos ficaram de um laço distante,
no caminho urdido pelos dias de glória
todo tom desgastado é o que conta a história.
O apito soava, ecoando no ar,
um chamado aos fortes da fé e do trabalho
A composiçaõ já partiu, em sua dança fugaz,
e deixou para nós suas marcas pra traz.
E nas velhas paredes bate sol, bate chuva,
longas sombras se alongam e o dia despede,
mas, um sonho escondido ficou na memória
aguardando uma nova e feliz trajetória.
E assim, na quietude se escuta o passado,
o lamento dos ventos e a canção do destino.
na estação da saudade, já não há boas vindas
lá não há desencontros e nem despedidas.
Pois, o trem que passou não deixou esperanças
de um novo amanhã o seu rumo encontrar
e o lugar se tornou solitário e tranquilo
de silêncio, de paz, solidão e vazio.
-
-
Título do texto: Estação da saudade
Autor: Paulo Sérgio
Texto pertence ao blog Espelhos de Minas
Nenhum comentário:
Postar um comentário