domingo, 24 de novembro de 2024

QUEBRE AS ARMADILHAS, DEIXE-NAS VOAR - PAULO SÉRGIO

Nas mãos, o estilingue, a mira certeira,
no chão, a armadilha, no jogo da espera.
em meio a natureza e com brilho no olhar
na grata inocência de se aventurar.

A goma estica, a pedra dispara,
um alvo distante, descança em seu galho.
no chão a arapuca de linha e madeira
preparada com esmero em meio à clareira.

Os risos ressoam, baixinho entre as árvores,
dois mundos se encontram no momento claro
onde a dor e a alegria se desequilibram
e voa a esperança da liberdade eterna.

“Vamos soltar as aves!”, grita uma voz,
“Quebremos as amarras, as deixemos a paz!”
E assim, a criança, com amor na alma,
troca a prisão por um gesto que acalma.

"Larguem as pedras e deixem-nas voar"
quebrem os grilhões que cerceiam o amor
e na dança do vento a vida revela
um imenso céu pra viver sem temor.
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Título do texto: Quebrem as armadilhas, deixem nas voar
Autor: Paulo Sérgio
Texto pertence ao blog Espelhos de Minas 

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